quinta-feira, fevereiro 18, 2010






















Amadeo de Souza-Cardoso




A cor das coisas. Das coisas com vida, e de coisas que não são mais que um triste e amarelo sorriso. Hoje tenho roxas as mãos, neste cinzento inverno que teima em encharcar a castanha lama que me suja e me camufla as peugadas negras na prateada calçada.

O azul do céu está tímido, encoberto e disfarçado de nuvens de cores frias. Lá longe, o verde da serra diz-nos que chove, que a água incolor, pura, continua o ciclo da vida, como o nosso sangue, esse mar vermelho que transporta a vida em toda a nossa matéria.

Nós continuamos, de olhos verdes, castanhos, claros ou misturados, com vários tons de pele e cabelos acobreados ou louros. A cor das coisas, é um sinal, um aviso, um caminho, um conselho.

Cegos são os que se privam de ver, e não os que estão privados de. A vontade é liberdade.

E hoje, dizem-me, que estou com boa cor.

A opinião é isso mesmo, a livre ideia de criar cores.

terça-feira, janeiro 20, 2009




É musica senhores, musica...

bluntvision

sexta-feira, julho 04, 2008




Na calada da noite, entre copos e fumo, o grupo conta o pouco dinheiro que ainda tem. Chega para dar um “boost”, um pouco de dinâmica ao resto da noite. Vou ao guetto e compro um pacote. Unidos partilhamos a mesma nota, trocamos fluidos nasais, cheiramos o perigo de actuar no silencio dos estofos do carro, sempre no controlo do carro patrulha que vai passar. Ele vai passar de certeza. É hoje que a festa se acaba, ou começa com mais respeito.

Continuamos a fazer contas, já são quatro da manhã, ainda não estamos satisfeitos. Mais uns trocos, mais uma viagem, mais uma partilha de ranho barrento na nota de cinco euros bem vincada à medida da narina.

Chegamos a casa, cada um na sua, na sua cama, pensamos que merda de noite, sempre a mesma aventura com tão pouca acção. Não dormimos com a excitação, mas uma excitação ridícula, um estado inolvidável de miséria carocha.

Por essas e outras razões, volto a escrever. Agora noutra morada, numa morada mais negra que o amarelo torrado do girassol, que acompanha o astro enquanto nós nos divertimos a tirar pratos do micro ondas e a partilhar novamente o muco.

Começa a ser um ciclo, um ciclo vicioso. Se não o é já.

BREVEMENTE

www.muco5euros.blogspot.com

sexta-feira, fevereiro 08, 2008


Quando os meus pensamentos se direccionam para a fronteira de mim com o possível futuro de mim mesmo, fico agoniado, enevoado, sem luz ao fundo do túnel.
É futuro, é incerto, não é exacto, mas o que me estará destinado?

Agora apetece-me ir ao WC e sei, a priori, o que me destina o futuro.


Estou a voltar aos poucos. Hoje escreveram os intestinos, amanha quem sabe.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Prometo voltar, prometo a mentir, mas volto como prometido.
Quem sabe se volto desafogado,
Se volto comprometido.

Neste dia selva sem relógio mas com tempo limitado,
deixo este video, memória do meu passado.

terça-feira, setembro 04, 2007

Parecem pessoas... estes animais.

quarta-feira, julho 25, 2007

Raining in Paradise



Welcome to paradise (2x)
Today it's raining (4x) (Welcome to paradise)
Today It's raining (Welcome to paradise) (4x)

In Zaire, Was no good place to be
Free world go crazy, it’s an atrocity

In Congo, Still no good place to be
They killed Mibali, it’s a calamity

Go Maasai go Maasai be mellow, Go Maasai
go Maasai be sharp (2x)

In Monrovia, this no good place to be
Weapon go crazy, it’s an atrocity

In Palestina, too much hypocricy
This world go crazy, it's no fatality

Go Maasai go Maasai be mellow, Go Maasai
go Maasai be sharp (2x)

Today it’s raining (4x), in paradise
Today it’s raining (4x)

In Baghdad, it's no democracy
That’s just because, it’s a US Country

In Fallujah, too much calamity
This world go crazy, it's no fatality

Go Maasai go Maasai be mellow, Go Maasai
go Maasai be sharp (2x)

Today it’s raining (4x)

In Jerusalem, in Monrovia, Guinea-Bissau,
today it's raining (3x)

Welcome to paradise, Come to the fairy lies
Welcome to paradise
Today it's raining (4x) fade out

quarta-feira, julho 04, 2007

A meio do espectáculo o actor matou o público.
Continuou a sua representação.

Ficou frustrado. No final não foi aplaudido.
Se pudesse matava, (re)matava e voltava a assassinar.
O actor ficou frustrado.
Matou-se em palco.

No meio do público um anão imune às balas altas sobrevive.
Aplaude.

Catarse.
Purificação da alma através da descarga emocional provocada por um drama.

Rodeado de sangue e do cheiro a pólvora, o anão faz um corte numa perna.
Vê-se a rótula, pequena rótula.
Ouve-se e sente-se uma impressão nos membros quando o anão se movimenta.
O corte deixa sair um ranger.
Parecem dentes a roçar uns nos outros.

Ouve-se um som no palco.
Parecem passos.
Atrás das cortinas, entre o cenário futurista de um anfiteatro Lunar, dez, dez crianças aparecem.
Um coro.

Todas se cortam nas pernas.
Evidenciam as suas rótulas.
Dez, dez rótulas a ranger.

Uma criança apela ao anão que se junte.
Onze, onze rótulas a ranger.

O teatro da mente demente.
Nada supera o imaginar.

Mas não é inconcebível.

As portas do teatro estão sempre abertas.
É proibido proibir.
Proibir só o inconcebível. Lógico. O que não se idealiza.
Inconcebível. O que é inconcebível?

sexta-feira, junho 29, 2007

Satori

Mais uma vez

Satori

sexta-feira, junho 22, 2007

segunda-feira, junho 18, 2007

MOTHERSHIP CONNECTION

quinta-feira, junho 14, 2007

Um braço caiu-me, não me verguei.
Olhei para ele duas ou três vezes.
Disse volta.

Não me ligou.

Fez figas, virou-me a palma da mão e galgou,
palmou terreno.
Desapareceu no horizonte deixando mãozadas na areia.

Miserável.

Dei ordens ao braço que me restava.
Vai, busca o teu semelhante. Trá-lo de volta.

Fiquei desmembrado tempo de mais.
Traído. Vitima cúmplice de coisas minhas.

Encontrei-os mais tarde.
Numa loja de luvas.
De mão dada.
Deram-me um abraço, cada braço.
Pedi-lhes que voltassem. Não impedia a relação.
Apoiaram os cotovelos sobre a mesa.
Os dedos gordos giravam entre si enquanto os outros se cruzaram.

Fui enganado, morto ali.
Estrangulado pelos meus braços.
Braços que tinham ordens.
Ordens sintéticas.
Fui estrangulado por imposições estéticas.

Fui estrangulado por mim?
Os meus braços, mãos minhas em pescoço meu.
Suicídio?

sexta-feira, junho 01, 2007

1971

terça-feira, maio 22, 2007

Mulheres de olhos brilhantes fleur du mal.
Pecados para quem é pecado.
Mulheres de olhos cintilantes, fleur du plaisir.
Pecados para quem pecar é olhar para mais que o mais que a vida já.
Mulheres de olhos. Com olhos.
Íris de vontade, nuas, evidentes ideias, consciências despidas de preconceito, pecados pedaços de malícia e vontade de poder.

Mulheres de olhos sujos, lágrimas, pinturas de guerra, pecados camuflados ou momentos de letargia.
Mulheres. Mulheres, fleur du mal.

Mulheres que olham, que concluem. Que sabem, que procuram.
Mulheres que lutam, suam do olhar.
Mulher de olhos verdes, que fazes aqui?
Que fazes desses olhos o que a ideia não faz à priori da acção.
Segredos sagrados olhos teus que de outras já conquistaram plateias, mundos e outros processos de aglomeração.
Poder. Poder olhar-te. Nos olhos pois claro.
Olhos de mulher olhos de homem. Olhar para os meus olhos no reflexo do teu olhar.
Saudade de me ver.
Olhos de mulher. Fleurs du mal.

terça-feira, abril 24, 2007

Sou hoje mais parvo que nos tempos de escola. Sou hoje mais infantil que nos tempos inocentes de querer ser adulto. Sou hoje mais ambicioso a aprender que nos tempos que a minha vida se limitava a...
Sou hoje mais homem.
Sou mais sincero, mais zen, mais calmo. Mais responsabilidades e menos stress.
Que me ensinou a vida que o desespero não constrói, destrói.
Que bebi dos amigos e referências que a vida é o momento, que se planeia o caminho para o percorrer mais facilmente.
Mas há acidentes. Sempre os há. Mas isso é natural, como eu sou natural, como a natureza das coisas evidencia.
Em suma, já tirei a mochila há muito. Já não carrego o peso, já não corro como antigamente, nem brinco na areia.
Hoje brinco ainda mais, sempre, constantemente e há quem me aponte, outros que me abraçam, outros que sorriem outros que calam, indiferentes, diferentes e aos que estão sempre presentes.
A vida morre de pé.

sexta-feira, abril 13, 2007

quinta-feira, abril 12, 2007

GUY DEBORD
Cair em graça ou ser engraçado?
Desgraça de povo que avalia as pessoas no momento.
Somos montras ambulantes. Paisagens estereotipadas de estupidez, luxo, marcas...
Ouve tempos onde as pessoas eram avaliadas pelo seu desempenho.
Agora há a entrevista.
Processo miserável de avaliação. Como é possível.
Psicólogos com problemas, filósofos perdidos, curiosos e outros frustrados a fazer a triagem.
Não gostei da cara dele. De óculos de garrafa, cara de menino de mãezinha.
Alguém neste país daria trabalho ao Bill Gates? Aos génios do Google, ao Zé de Almeirim, rapaz cheio de capacidades que não estuda mais porque é um negocio de milhões o acesso ao conhecimento neste pais de miseráveis abutres.
Portugal é vitima de um processo informático.
Somos pródigos a adquirir vícios que nos prejudicam.
Portugal é uma país de "Copy; Paste", não evolui, mantém-se.

É tempo de largar esse processo, ser audaz, inovar, crescer.
Portugal de "Copy; Paste" renova-te...

sexta-feira, março 30, 2007


No metro olhava para o homem do karaté.. Ia sentado com umas sandálias de cortiça. As fivelas eram de pano, russas do uso, dos pontapés e do cão, companheiro que não o acompanhava.
O homem era bem constituído, tinha quase quarenta anos se não os tinha já ou mais. O desporto dá uma nova cara ao envelhecimento.
Na solidão da musica que me acompanhava, virei o olhar mais a sul. Uma mulher idosa, com os seus sessenta folheava uma revista de lingerie. Mulheres novas, bonitas, o oposto. Ela gostava. Parava em cada folha. Penso que pensava no passado, no seu corpo firme que agora é somente o seu corpo. Nada mais. A sua beleza é agora vitima de outro processo de apreciação.
Olhei em frente. O meu reflexo na porta. Eu ali sozinho comigo afinal.
Em casa a minha filha. O meu reflexo, carne e osso. Reflexo vivo de um pouco de mim, tudo de mim e de outros.

São muitos os motivos, as inquietações de viver.
Amor ao filho é a racionalidade no seu expoente máximo.

segunda-feira, março 26, 2007


Sal e Zar
A história de duas prostitutas que governaram o Cais do Sodré durante décadas.

Sal era Moçambicana, à primeira vista uma moça sensata e bem parecida, com qualidades de artista e com muita cultura. Era muçulmana mas adere à ideologia cristã em Lisboa no dia que lava os dentes pela primeira vez com a mítica e milagrosa “pasta medicinal Couto”.
Zar, uma guineense com descendência alemã era funcionária publica. Farta do sindicalismo selvagem africano decide comprar uma mota e partir para o mundo europeu, o mítico ocidente que a sua descendência alemã tanto a inquietava conhecer.
As suas vidas cruzam-se ainda em África, quando se conhecem numa mítica casa de Marraquexe, em Marrocos, onde ambas se deliciavam com um belo prato de caracóis. A crise marroquina obrigou que as duas estrangeiras partilhassem o mesmo alfinete. Nessa bela tarde de sol começou aquilo que seria a maior parceria prostituída da historia da Europa.
Sal e Zar, orgulhosamente sós, entraram em Portugal pela fronteira do baixo Alentejo.
Daí levam na memória o choque dos usuais abusos sexuais nas planícies perpetrados pelos pastores aos rebanhos.
Assentam malas e bagagem em Lisboa. Zar vende a moto e com o pouco dinheiro consegue ser o sustento das duas. Mas as capacidades das jovens cedo se evidenciam pelas ruas da baixa pombalina.
Sal e Zar, chocadas com a pacatez do povo português decidem ser pioneiras rameiras.
O mote “«Vós pensais nos vossos filhos, nós pensamos nos filhos de todos vós».
O Cais do Sodré nunca mais voltaria a ser o mesmo. Impõem um regime de exclusividade, «Tudo pela Cais, nada contra o Sodré». Em menos de um mês, estas ilustres e pobres desconhecidas africanas passam para a ribalta e dominam completamente a prostituição e o ambiente, não só intelectual mas também estético da zona. Introduzem em Portugal a esquina com cheiro a urina e a ideia de menina de esquina.
Pensa-se que Sal e Zar tenham tido relações sexuais com mais de 14600 pessoas o que dá uma média de uma relação por dia durante 40 anos.
Sal e Zar morrem num numero lúdico de cabaret. O mítico jogo das cadeiras. No momento em que somente estavam 5 cadeiras, Sal e Zar sentam-se na mesma e o destino quis que esta dupla acaba-se não só o jogo mas também a sua vida. A queda da cadeira foi violenta. Sal e Zar somavam na altura 189 quilos.
O seu legado é ainda uma realidade. O Cais do Sodré vive e para sempre vai viver sobre a égide de SAL e Zar.

terça-feira, março 20, 2007

enfrentar os funcionarios publicos

o meu video na segurança social.

um exemplo... a seguir

quarta-feira, março 14, 2007

terça-feira, março 13, 2007

João filho de Carlos irmão de Jacinto parente próximo de Francisco. Reproduziam-se continuamente. Abel irmão de Cláudio filho de Manuel cunhado de Ricardo padrinho de Luís. Pedro com dois filhos, Salvador e Martim era o mais novo da família.
Todos os anos a família crescia . Telmo irmão de Bruno filhos de Miguel. Todos viviam felizes.
João era bom trabalhador, Carlos dono de uma empresa empregava Jacinto e Francisco.
Todos tinham ocupação. Demasiado tempo ocupados para pensar na vida.
Os dias passavam iguais, a família aumentava quase de dia para dia. Eram a mais conhecida e admirada família da aldeia.


Até um dia.

Quando Abel, que nem Judas se pôs a pensar.
Pensou, pensou. Juntou, desdobrou. Questionou-se a ele mesmo e decidiu juntar a família. Era necessário mais opiniões. Mais.
Quando João, Carlos e Jacinto chegaram já Francisco bebia com Abel e Cláudio. Manuel e Ricardo ouviam atentamente Luís sobre um assunto de trabalho enquanto Salvador e Martim jogavam computador, ouviam musica com uns auscultadores que os isolava do resto da sala. Telmo e Bruno olhavam para o relógio e perguntavam como era possível prolongar-se sempre os princípios das coisas.

Abel apresenta a sua inquietação.

Todos nós temos uma coisa em comum. Todos somos Homens homem. Não há Homens mulheres. Como nos reproduzimos nós? Como?
Perplexos olharam entre eles e descobrindo o erro da sua existência vão desaparecendo um a um na medida que a consciência os aviva.
Eram um erro pois claro.
Salvador e Martim de auscultadores resistem.
A inocência salvaguardou-se.
O isolamento foi a barricada
Perplexos tornam-se violentos e decidem criar outra família. Foi só pensar. Criar.
Até ao dia, que outro se ponha a pensar...

Eclipsou-se o pecado.


terça-feira, fevereiro 27, 2007

Castrar Henriques.
Tivesse eu uma maquina do tempo e castrava o Afonso. Esse tal de 1º Rei.

Não havia herança humana dessa pessoa.
Parabéns, obrigado pelo país que nos deixaste.
Mas olha o povo que se criou?
Afonso, queres que os corte a bem...?

Que se cuidem os tubaros de Afonso, cuidado primeiro Rei, a salvação é a castração da tua herança humana. O PORTUGUÊS.
SACRIFICO A MINHA EXISTÊNCIA...

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Pessoas historias. Gostava eu de conhecer. Conta-las ao cair da noite.
Algumas bem saturantes, se organizadas teria milhões de trocar.
Vidas iguais, personagens semelhantes, gostos iguais e taras ridículas. Ridículo de menor, taras que não o são. Tabus por descascar, fruta de casca.
Sei ou julgo, que o sexo impera, a mentira o segredo a falta de vida que se esconde no casaco caro que namora com o meu nos bancos do eléctrico, ou a falta dele. Os óculos que não ajudam a ver, que só prejudicam e os sapatos irritantes que esquecem o objectivo andar e passam para a sinfonia macabra carente de observação e doente de ouvido.
Gostava de ter histórias, poder de saber. Os ditadores ambicionam. Saber é controlar. Conhecer. Poder de poder antecipar.
As mãos nos bolsos, infinitos. Bolsos sem fundo que guardam certezas, não guardam segredos, esses a alma é cofre forte. Alguns arrombados outros abertos por si mesmo. Os olhos no chão, arriba-te, controla. Olha em frente, ao chão não pertence o olhar. Outro membro o acolhe.
Pareço chato com isto.
As janelas fechadas, o barulho na rua, melodia colectiva, são historias em uníssono a exibirem-se.
A pessoa que é pessoas. Personifica. Exemplar genuíno. Estereotipo.
Não se procura ser diferente, melhor. Procura-se o aparente. O símbolo como valor, o falso ao real.
Os anéis apertam os dedos, brincos penduricalhos e tudo o mais que é externo à identidade individual.
Não como pão, água em demasia e abuso nos vegetais. Alface, cenoura e agrião, proteínas, carne e peixe. Muito sumo de laranja.
Aos olhos de outros já fui muita coisa, mas ninguém acertou, ninguém. Há evidencias todos as temos, mas quem somos realmente e de que somos capazes. Dominamos ou somos dominados. Ditadores de nós mesmos. Ignorantes, falta, ausência, lacuna de suspensão indagatória de juízo.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007


Sei de consciência séria. Disse-me. Acreditei mas mantive-me na duvida. Não posso crer no que estou a ouvir. Não tem orientação, é um vadio. Só quer boa vida e o resto, o amanhã é outro dia. Mentalidade de miséria é o que é. É a fartura, antigamente uma sardinha dava para a família inteira e os gatos ainda tinham que dividir a espinha. Hoje é só estragar e só se come é porcarias. Ele sai à noite e chega sempre muito tarde. É mulheres mulher, e droga e boa vida. Trabalhar está quieto, nunca pára muito tempo no mesmo sitio. Dá-se mal, é um incompreendido. Cá para mim é mal educado. E nem deve de ir trabalhar a maior parte do tempo. É verdade é mulherengo, e já o viram a drogar-se mais que uma vez. Não sei quem viu, mas é verdade. A carinha dele não engana também. É verdade, é um pobre coitado. Deus o salve que na Terra não há salvação. Deus lhe dê uma esmola senhora, que é um pobre coitado. Em casa não ouvi nada, mas deve ser bom para a mulher e para os filhos, pelo menos vejo-os juntos muita vez a fazer compras no mercado aos sábados de manhã. Ele com aqueles olhos de carneiro mal morto, vermelhos e fundos. Negros. Ela coitada é que deve de fazer tudo lá em casa. Ele quer é boa vida, tudo do pé para a mão. Hoje em dia isto está de uma maneira. Comecei a trabalhar aos 14 anos, o meu pai não me deixou estudar mais que a 4ª classe. Afinal de contas o melhor era não saber muito e não arranjar problemas com esses malucos da politica que por aí andavam antigamente. Ainda hoje não percebi bem essa fantochada do 25 de Abril.
É assim a vida, quem os quer bons que os arranje.
O meu filho? Esse deve de estar a dormir, ontem saiu depois de jantar. Trabalho? Isto está difícil, ele não se aguenta em lado nenhum e não o chamam para lago algum. Qualquer dia diz que abala para o estrangeiro. Não sei fazer o quê. Olhe seja o que Deus quiser. Ele anda meio em baixo, magro, anda enervado com a situação. É o pais que temos.
Pois bem mulher, aqui me fico, que o trabalho espera e o autocarro não. Até mais logo no barco para bebermos um cafezinho. Deus a proteja mulher...

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Não tenho dinheiro para te pagar. Sou anti-moeda. Não ligo a essas coisas.
Prefiro andar a pé que pagar bilhete, ter a minha horta com o poço e não comprar comida.
Aprendi medicina nos livros da biblioteca e especializei-me em chás que resultam melhor que qualquer medicamento de um laboratório qualquer.
Sou anti-moeda.
A roupa faço-a eu, os chapéus os sapatos os pijamas e até cachecóis e luvas. No inverno passado fiz um chapéu de chuva de ráfia. Leve, nada irritante, era diferente e não magoava ou irritava as pessoas nos passeios. Era mesmo o meu chapéu de ráfia para a chuva.
Telefonar está fora de questão. De quando em vez grito ou aproveito e monto-me na bicicleta feita com restos de alumínio que encontrei numa garagem de um senhor que se diverte a criar marquises diferentes. Um sonho. Gostava de ter uma marquise daquelas, mas sou anti-moeda e não tenho casa. Vivo na rua, numa habitação feita por mim com barro do Barreiro, argila do Meco e madeiras abandonadas como os animais das cidades.
Hoje fui ao banco. Nunca tinha sentido, visto, nunca tive a noção do que é "ir ao banco". Não gostei, tive que esperar, o dinheiro não se vê e as pessoas esbracejam e os empregados dizem que um tal de "sistema informático está em baixo". Não estive lá mais de cinco minutos e já foi demais.
Sou anti-moeda.
Resolvi correr, fazer exercício, comi uma sopa, um pão com passas da horta que tanto estimo. Deitei-me, olhei para o aquário que montei, cheio de peixarada do Rio Tejo, Taínhas, Douradas, um mundo salvo da parafernália do lodo. Olhei, olhei, e quando acordei tinha o comando da TV na mão e o BabyTV a embalar-me...
Sonhar é paz, mesmo que de guerra seja, é evoluir, criar no imaginário. Sonhar e ter a sorte de me lembrar...

terça-feira, janeiro 23, 2007

Entre os membros.

Entre os membros Homens.
Entre membros parte Deles.

Há.

Entre os membros.
Aí.
Exactamente aí. Nesse local.
Há uma orgia mental.
Uma devassa necessária.
Uma busca incessante,
Procura constante.


Membros. Entre vós.
Homens, Pernas…
É mundo de mundos.
Princípios e portas para outros fins.

Entre membros quero estar.
Sempre confortável.

Acomodado, a pensar o que Seria,
O que seria só desamparado.
A pensar ,
a pensar no “entre membros”.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Entupido, Mucoso Surdo. De visão vidrada, baça.
Do nariz sons garrafais. Gozados, enrolados. Sem melodia.
Uma pasta invadiu a minha cabeça, apoderou-se dos meus sentidos. Agora evade-se por todos os locais próprios e impróprios. Nem pede licença. O nariz derrete que nem "icebergs" nas calotas polares. A garganta, miserável local onde não ha lei nem ordem. A língua apaladar perdeu o controlo. A garganta não entende. Invadiu? Agora transforma-se e evade-se? Não aguenta. Sofre o pulmão, o estômago. Sofre todo o aparelho. E no topo o cérebro não sei se ri se somente se limita a observar a degradação do seu império. Tal qual Nero.
Lanzeira, o meu Eu.
Muco que resiste. Cego pelo ímpeto rastejo pelo viscoso.
As lágrimas caem acompanhando a tosse. São lagrimas de não sei quê. Não estou a chorar.
A pele eriçasse sinto-a a crepitar nas costas.
A mãos amolecem, os dedos curvam-se. Não sei mais que fazer.
Vou ficar quieto, na espera de te cansar. De te saturar. Vais sair e depois não vais voltar. Pelo menos tão cedo. Muco.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Desassossego. Mundo bizarro escuro.
Pé ante pé, incauto silêncio asas de morcego.
No alto topo mais elevado.
Tropo, manco de pé enterrado.
Máquinas de arvoredo e mulheres da vida.
Bruxedo e arco Íris monocromático.
Agua suja de pó de droga.
Animais sujam-se.
Animais saciam-se
Animais.

Bom ano de 2007

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Feliz Natal
Cómodo
Sem muita agitação
Acolhedor
Com a família e os amigos.

Felicidade é o que desejo 365 dias por ano (mesmo nos anos bissextos) acho que podemos andar um dia tristes por ano....

Muitas prendas e muitas surpresas....

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Acordei seco, teso, de movimentos perros, cão, homem vil como em castelhano. Não tinha visão, não tinha percepção de nada. Só de nada. De mãos estendidas procurava o trilho. Nada. Só o meu corpo, cabeça. Mãos. Encontrei uma porta. Uma porta que se entrava pela fechadura. Como se saía não sei. Mas não quis saber. Entrei, sem saber bem como. E fiquei parado. Só a observar o que o sentido de contemplar caracteriza. Fenómeno. Já dentro, ou fora? Não sei agora se saí ou se entrei? Mas movimentei-me. Fui senti o aço da fechadura nas minhas costas, o frio nas minhas nalgas, aaaaa, passei as pernas e não tinha pé onde sentir o chão. Que belo, o quê? O que não se sabe. O que falta conhecer orientar organizar. Deserto mental desorientado, deserto misto de mar e areia, com pessoas mudas de cabeça erguida e oradores de mímica sensual que dançam entre os furacões e tufões, que nadam entre tsunamis e desabamentos.
Calamidade mental. Que se crie a ponte e rápido. Preciso de voltar. Tenho frio nos pés. O calor do chão, preciso do calor do chão. Rápido onde está o caminho que percorri? Quero sair. Não quero saber já o já que se sabe que vou poder saber. Quero mais e mais e mais caminhos mas agora só um. Só o que me leva ao início. Foi so pensar. A porta move-se mais facilmente que nós imaginamos. Mais uma vez não sei se entrei ou se saí. Mas movimentei-me. Fui até ao chão com o pé. Senti um toque. Um toque em todo o corpo. Consciência de mim mesmo. Bati as palmas, abri os olhos e deitado na cama de pernas ao alto, bem na imagem da minha nudez, gritei sons que nem quis saber o que contextualizar. Mas soube bem...
Caminho mental, estradas de macadame, organiza e viaja...

quinta-feira, dezembro 07, 2006

quarta-feira, dezembro 06, 2006

parasita | s. 2 gén. | adj. 2 gén.
3ª pess. sing. pres. ind. de parasitar
2ª pess. sing. imp. de parasitar

parasita


do Lat. parasitu < Gr. parásitos, comensal

s. 2 gén., organismo que vive à custa de outro (o hospedeiro);
pessoa acostumada a comer em casa de outrem;
por ext. pessoa que vive à custa de outrem;
adj. 2 gén., que vive à custa alheia.

sábado, dezembro 02, 2006

Altos e Baixos. É Uma vida deles. Hoje estou em baixo, meio alto, mas longe de ser grande.
Malditos...

Dá e leva, quem vai à guerra. Que raiva...

segunda-feira, novembro 27, 2006

quinta-feira, novembro 23, 2006

Pouco à vontade. Detesto sentir-me pouco à vontade.
As mãos procuram os bolsos, as pernas inquietas e o pés numa roda viva que não param.
Pensar no que se diz. No meu caso dá em gaguez. Gaguejar mental.
Horrível ambiente interior.
Expresso-me mal, o suor entope as artérias. As vias de
comunicação desabam.
Gago que nem disco riscado.
Preciso de um gira discos novo. Uma agulha decente para por este disco a tocar limpinho.
Sinto-me sempre assim e detesto. Depois de solto preciso de trela. Por vezes de uma jaula. Sou tão preso em mim que ambiciono ser tão livre que me remeto ao ostracismo a priori.
Gaguejo depois mais uma vez.
Já tenho o Gira Discos montado. Falta ligar à corrente.
Nesse dia vou de azul. Não tenho nada dessa cor. Só a ganga justa que me caracteriza da mania do rock´n´roll. Sou assim, mas não assim sempre. Sou um bicho acabado de sair do casulo. Preciso sempre de me envolver, de perceber. Esta defesa interior que só me prejudica. O tempo é o meu mestre. Ok. Mas muda de disco Camarada.
Não apontes o nariz para o chão e não olhes acima das tuas pestanas. Olha nos olhos e ganha olhares. Não os interpretes logo. Aí podes e deves gaguejar.
Falo comigo, já estava a dar-me opiniões. És tu. Tu que não tão pouco sou Eu que me faço no outro que Eu não quero seguir que és Tu.
Confusão, a minha cabeça está longe, as mãos por perto, e os olhos em ti. Não tiro os meus olhos de ti. E tu longe, ou perto. Nem sei de onde és. Mas agora não interessa. Afinal, o tempo é meu aliado. E Tu, não mais que o Eu acorrentado tens os dias contados. Beijos ameaçadores é o que Eu te desejo para o tirano sacana de mim mesmo.

terça-feira, novembro 21, 2006


Quando dei por mim abandonado por Mim Mesmo pensei o pior da minha pessoa.
Esse criminoso que me abandona. Tu. Sim Eu. Pregado na cruz observava-me. A sofrer. Sem necessidade aparente. Só com a angustia de não ser ainda o Eu que Tu me fazes crer.
O piano toca como um instrumento de sopro, sofro. O Mundo opôs-se. A luta. A crença. A vontade. Libertino, tu que te observas na cruz. Mexe-te. Nós somos um só. Liberta-te. O TEU SATORI ÉS TU E O RESTO. E o resto não é zero. O resto é tudo, és tu e tu, tu só um não dois. Deixa esse complexo liberta-te. Será vantajoso para ti. Transforma a cruz em jangada. Não carregues o peso da indiferença. Navega. Apreciação critica senhor. Julga e faz julgar.
Aqui dá-se o oposto. Tudo é culpado até se provar a inocência.
A purga. A suspensão indagatória de juízo. Aprofunda.
Navega, estica os braços para o alto, toca no infinito, os olhos deslocam-se da cara à ponta dos dedos, o coração ocupa o terreno infinito do corpo. Os dedos rodopiam, e os olhos contemplam as evidências por demais escondidas mesmo debaixo do nosso semblante carregado ou do sorriso bizarro.
As lágrimas são sorrisos. O teu eu uno, a luz, o teu SATORI.
O resultado final da equação Vida. O resultado.
Satori. Não te esqueças Eu, procura o Satori.
E quando o atingires já não ha saida. Uma vez resolvida a equação para sempre luz. Para sempre.
Agora luta, comunica, procura, dá-te. Responde e ouve. Ouve e observa. A maior cegueira não é ver. Mas negar. Negar sem indagar, sem purgar, sem contemplar sem avaliar. O jogo do a priori e a posteriori.
Em comunidade, em Harmonia, não te esqueças Eu. Procura o teu Satori.

quinta-feira, novembro 16, 2006

ZAS

Há um ano na Blogosfera

Camarada Jesus
O passeio dos olhos às suas letras e o vosso entendimento são motivos de clímax em Zastrazpaznotwar.

Amo tudo sem excepção. O amor é combustível. Motor. E amor não é paixão. Amor é viver. Amor é vontade, inquietação e expectativa. Amor é disponibilidade. Amor é acreditar, querer, ambicionar.
Amor é sorrir ao acordar e sonhar a sorrir.
Amo os teus olhos. Esses mesmos que me lêem. Amo. Para sempre.

Um ano de amor. Para uma vida de amores.

Obrigado

quarta-feira, novembro 15, 2006

Intemporal

Acordei sem dedos hoje. Onde estão os dedos? Perguntei eu ao que de mão não se parecia mas que desprovida de, não deixava de o ser. Incompletas. Onde estão os dedos? Procurei nos lençóis, debaixo da almofada. No sexo do amor. Na minha boca, no lixo na carteira até mesmo na caixa do correio.
Onde deixei os dedos? Por favor. Não gosto dessas brincadeiras logo pela manhã. Tenho que me lavar, vestir, tenho que me por a andar para a história de mais um dia.
DEDOS. DEDOS.
Podem aparecer. Sem medo. Não há castigo. Voltem à santa casa das minhas mãos que sem se parecerem não deixavam de o ser.
Subitamente ouvi algo. Algo metálico. Um tilintar. Vinha de dentro de uma caixa que guardo estupidamente e com desprezo em cima de um móvel no quarto.
Lá estavam eles. Em festa, embriagados com os anéis que não uso. Nem deram pela minha presença.
Deixei-me ficar ali, só, a observar. Só a tentar perceber o porquê da fuga.
Será pela vontade de luxuria? Será que saturaram do que escrevo? Magoaram-se num movimento qualquer ou não querem sentir mais os dedos de alguém que me acompanha?
Dei folga aos dedos hoje. Menos a um. A um que nunca me abandona. O dedo que me ampara, que me consola, que me limpa. O dedo do Nariz.

sexta-feira, novembro 10, 2006

"PIROPO INSECTOALÓIDE"

quarta-feira, novembro 08, 2006

Percorremos meio mundo sem conhecer o mundo no seu todo. Mas se és o meu mundo o meu meio es tu.
Envolvidos, embutido em nós. Sumo do meu suor, calor do teu corpo. Sem medo. Só amor. Livre. Amor livre. Só a inveja amedronta. Os presos, os amarrados que nos esmagam com o complexo que os move. Com a dor de não ser o que nós não podemos ser. Porque há amor. Em nós ha amor.
Cheiro o teu amor. Sinto o tua vontade. Escorre-me pelos dedos a tua vontade. Liquida vontade, suco divino que nem fonte infinita de nascente natural.Até ao fim. Que seja o fim o clímax total. O melhor momento. As feromonas que se soltem. Que perfumem a Natureza. O cheiro do nosso amor. Que se difunde pelo meio. Que hipnotize o mundo. Que se torne mensagem, que nem pomba e paz.
Amor é liberdade. Não se conquista, não se pede. É natural.


ZAS

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segunda-feira, novembro 06, 2006

Fernando Pessoa

AH! QUEREM uma luz melhor que
a do Sol!
Querem prados mais verdes do que estes!
Querem flores mais belas do que estas
que vejo!
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me.
Mas, se acaso me descontentam,
O que quero é um sol mais sol
que o Sol,
O que quero é prados mais prados
que estes prados,
O que quero é flores mais estas flores
que estas flores -
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!

quinta-feira, novembro 02, 2006

vulgo | s. m.

vulgo


do Lat. vulgu

s. m., a classe do povo;
a plebe;
a maioria das pessoas.


Vulgo, Vulva. Animal escondido. De cobiça.
Idêntico. Muito idêntico. Semelhante.
Consome. Come. Esconde-se.
Brilhante sentido. Visão escassa.
Sabor perfeito. Musica genial.
Mel, mel vinho e outros doces.
Tapada, roupa ou terra.
Material proibido.
Porquê?
Vulgo, Vulva. Imagino.

terça-feira, outubro 31, 2006

Quando cheguei a casa não encontrei a vassoura. Precisava de uma esfregona também. Pisei as fezes de 25 animais, cães, antes de chegar a casa. Onde está a vassoura gritei eu. Lá longe, entre os gritos infantis e a musica alta ouvi qualquer coisa parecida com "revisão"...
Não entendo. Diz lá, onde está a vassoura?
Está na revisão responde a minha companheira...
Não compres um carro mulher. Deixa-te andar assim que andas bem.
Já agora o que é o jantar?

Subitamente adormeci e sonhei que a minha família era normal....

sexta-feira, outubro 27, 2006

Corrente. Tudo se constrói em corrente. Espiral infinita. Cíclico.
Não se tocam as linhas, aproximam-se. Namoram mas não se consomem.
Masturba-se o tempo. Não se repete. Não se toca. Aproxima-se. Toca-se a si mesmo.
Mas o tempo é corrente plural. União. Boca com sexo, sexo de boca e boca no sexo.
Prazer. A ânsia de prazer. A demanda do bom, de bem de mais. Sexo, amor, vontade de sentir o corpo. De sentir que Sim estamos Estou Vivo.
Só, só Eu, solitário não me convenço. Perdido no oceano. Eu o único no mar. Na onda que se aproxima. Na agua turva que me proporciona as mais belas imagens de nudez. De coisas que nunca vou ver Nu.
Nado sozinho por um momento, a onda chega, rebenta na praia. A areia volta ao mar. E o ciclo continua.

Amordaçado. Mais um dia. Desta vez a dois, trocamos os lábios pelo sexo. Afinal carinho é processo. E o processo é amor. E o amor desenha-se nos lábios, no forte erecto. Troca-se o processo. Só os lábios. O carinho é o mesmo. Amor de processos diferentes, mas amor. Sempre amor. Sempre diferente, tão idêntico. Amor de toque. De tocar.
Queira a vontade criar amor e o processo é infinito.

segunda-feira, outubro 23, 2006

sexta-feira, outubro 20, 2006

A raiva que cresce. Que me vinca a testa.
Que me faz salivar, gaguejar, suar.
Rude, falar a cavalo do raciocínio que fluí sem ponderar. Sem indagar aquele fugaz momento que nos faz pensar antes de disparar as palavras
Aaaaaaaaa que raiva. Se pudesse acabava com o ímpeto.
O imediato ... que a posteriori não deixa de ser, mas fugaz que nem chuva sem aviso.
Calma, não debites as contracções nas letras. Calma.
Não quero ouvir “tudo vai melhorar”.
Ando farto da mentalidade optimista. Que o Mundo é lindo.
E é. E isso mete-me raiva.
Ainda não vi a beleza, a harmonia,o
“supra-
-entendimento” das relações humanas.
Sociedade de conflito. Se é essa a tua guerra.... Se é essa a tua guerra....
Vou desertar.!!!

quinta-feira, outubro 19, 2006




Subitamente morreu. Morreu sem dar por nada.
Num ápice assim como a chuva.
Morreu e não quis saber.
Foi de vez, não incomodou.

O tiro certeiro não perdoou. Fulminante disparo.
Tentou evitar, mas se era destino, no alvo se tornou.
Morreu subitamente. Não se preocupou minimamente.
Alguém telefona, ouviu passos de desespero.
Arfar, arfar que nem sexo permanente.

Foge, não queiras a morte imediato. Despreocupado.
Olha que és alvo. Fuma, dedos amarelos.
Olha que és procurado. Podes ser apanhado.
Acordou nu, só de chinelos.

Farto de ver e de ler.
Deitou-se, nu em pelota.
Tocou-se várias vezes.
Foi visto. Ameaçou.
Agora é procurado despreocupado.
Tapou-se, molhado intrigado.

Envergonhado, tesão de monotonia.
Afinal não tem nada.
De companhia uma telefonia.
Tocam a campainha. Não se vê ninguém.
Que espreite pela janela....

Pensamentos desconexos. Movimentos perplexos.
Nu, morto, despreocupado, molhado intrigado.
Folheando a revista. Toca-se varias vezes.
Vergando-se à realidade consome-se a si mastigado.
Corpo de si mesmo que não alimentas.
Vazio de sabor.
Pensamentos desconexos. Movimentos perplexos.
Ideias .......... Tormentas

De que sexo?
Se de sexo se trata?

terça-feira, outubro 17, 2006




MOMENTOS MUSICAIS ESTADOS DE ALMA. MOMENTOS NACIONAIS, MOMENTOS PASSADOS, PENSAMENTOS PRESENTES.... HAJA SORTE, TRABALHO, SAÚDE E CULTURA....

Simone de Oliveira : Desfolhada
Música: Nuno Nazareth Fernandes
Letra: Ary dos Santos
"UNL - Literatura portuguesa"


Corpo de linho
lábios de mosto
meu corpo lindo
meu fogo posto.
Eira de milho
luar de Agosto
quem faz um filho
fá-lo por gosto.
É milho-rei
milho vermelho
cravo de carne
bago de amor
filho de um rei
que sendo velho
volta a nascer
quando há calor.

Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor amor amor amor amor presente
em cada espiga desfolhada.

Minha raiz de pinho verde
meu céu azul tocando a serra
oh minha água e minha sede
oh mar ao sul da minha terra.

É trigo loiro
é além tejo
o meu país
neste momento
o sol o queima
o vento o beija
seara louca em movimento.

Minha palavra dita à luz do sol nascente
meu madrigal de madrugada
amor amor amor amor amor presente
em cada espiga desfolhada.

Olhos de amêndoa
cisterna escura
onde se alpendra
a desventura.
Moira escondida
moira encantada
lenda perdida
lenda encontrada.
Oh minha terra
minha aventura
casca de noz
desamparada.
Oh minha terra
minha lonjura
por mim perdida
por mim achada.

Estranha Forma de Vida


Letra: Alfredo Duarte e Amália Rodrigues
Música: Alfredo Duarte e Amália Rodrigues
Arranjos: Miguel Monteiro (TUIST)
Solistas: "Super" Mário Fernandes


Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
É toda minha a saudade
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
Tem este meu coração
Vivo de vida perdida
Quem lhe daria o condão
Que estranha forma de vida.

Coração independente
Coração que não comanda
Vives perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração indepedente.

Eu não te acompanho mais
Pára, deixa de bater
Se não sabes onde vais
Porque teimas em correr
Eu não te acompanho mais.


sexta-feira, outubro 13, 2006

Estou de regresso. Mais uma vez com milhões de assuntos mas tão poucos segundos e paciência para os debater entre os dedos, teclado e o raio de visão que me separa os olhos da pouca vergonha de monitor que tenho no meu local de trabalho.

Aqui venho simplesmente criticar a mentalidade dos sindicalistas deste país. Sem formação e desajustados da época política em que se inserem.
Viva a manifestação coerente.
Viva a voz dos trabalhadores.
Viva a mobilização dos necessitados.

Mas com coerência senhores...

Precisa-se de novas formas de luta. De novos meios de intervenção.
Não posso ser “camarada” só porque me manifesto.
O poder tirou o crédito à voz do povo.
Os culpados, os reaccionários que surgem por interesses de terceiros.

E os trabalhadores senhores.
Eu sou um trabalhador de segunda. Não sou funcionário publico. Luto orgulhosamente só pelos direitos que não tenho e pelas regalias que vou perdendo.
Quem me ouve ou quem me dá voz?

País da brincadeira, da politica a brincar....
Que se lute, ou que se "lixe"... Abram alas senhores....

terça-feira, outubro 03, 2006


Preso que nem cão, atrelado. Rugia por todo o lado. Suava mais alto que o vento e o meu cheiro entranhava-se na água que bebia.
Nesse dia jurei a mim mesmo que não voltava a cometer o erro. O erro que não interessa.
Um erro é um erro. E o erro isola. O erro exclui. O erro divide, chuta, magoa, aponta, esquarteja, dilacera, moí,corroí a mais ínfima parte do corpo, o mais intimo órgão das tuas ideias, ordinárias ideias e tudo o que gostas e que te rodeia.
Fiquei só com o pouco que não pouco era mais que muito.
O erro consumiu tudo.
pensamentos ordinários que não se escrevem sozinhos. Pensamentos aculturados, mal interpretados, estúpidos e ridículos para tantos.
Mas aqui acorrentado, olho em frente, lembro-me do passado.
Olho para traz, lembro-me dos sonhos que me guiavam, que me empurravam, que me faziam crer que era possível, que me faziam acreditar que as pessoas não eram lixo, miseráveis, mesquinhos. Não passava de uma fase. Que a crise se vencia, que o mundo mudava.

Inocente criança. Esses sonhos inocentes que nos fazem crescer. Ainda bem que neles acreditei. Acorrentado, ergo a cabeça, olho nos olhos do mundo e não tenho vergonha.

Malvados...

quarta-feira, setembro 27, 2006




O tempo é inveja. Inveja de quem o tem.

É curto o rastilho. Mas a bomba não explode.
É curto o rastilho.

O tempo é soberba. Soberba de quem o tem.

É guloso o momento. Viciante.

O tempo é conflito. Combate pelo Poder.

Tempo de atar, desatar, comprar e vender. Dar e tomar, beber e ouvir. Comer e andar.

Tempo para ter tempo. Com este tempo... Neste tempo, o tempo vota a tempo.

Ando sem tempo para isto....

sexta-feira, setembro 22, 2006

Voltou, já bateu à porta a nova estação.
Os novos hábitos, as roupas mais quentes, até a culinária se modifica.
O cheiro.
Nas relações com as pessoas há uma aproximação. O verão afasta, o inverno acolhe muito mais.
Não digo qual gosto mais, sinceramente não consigo avaliar. Mas o Inverno é o divino camuflado de cinzento.
Admiro a nossa coragem. Ao frio e ao vento, à chuva e a neve, percorre-se quilómetros para estar acompanhado, para beber um copo, para o que apetecer.
O homem faz a estação.

Mas não evita o chapéu de chuva.

Essa ferramenta que luta contra todos os conceitos.
Detesto-te chapéu de chuva, trouxeste o mercado ambulante, trazes a raiva de perder a luta com o vento. Afinal proteges? Proteges de quê? A chuva não é guerra. Molha e é chato. Mas diabo de chapéu que te deixo em todo o lado. Que te partes em todas as ruas, que tiras olhos as pessoas, que molhas os bancos do autocarro.

HAAAAAAAAA CHAPÉU DE CHUVA
Baza, baza
Vai p'ra casa
Abre a pestana, tana
Isto aqui não é um filme, boy

quinta-feira, setembro 21, 2006

Disse-me ontem uma idosa que nos tempos que correm "amigos nem vê-los".

Tive vontade de fugir, de acabar a conversa logo ali.
Senti um aperto no estômago, uma tremedeira que me deixou vazio.
Olhei com os olhos meio molhados para os olhos conscientes da Senhora. Senti um amor diferente, um amor tão verdadeiro que fiquei perturbado.

Ai que as verdades são duras de ouvir. Procurei logo um amigo. Imediatamente nos confins dos meus conhecidos.
Fiquei a pensar, a pensar, a pensar.... Ainda hoje estou a pensar...

É uma pena, tenho pena, e não tenho pena nenhuma.
Este pensamento que nos invade, aproxima e que nos afasta.
Quando precisamos mendigamos, quando andamos abastados, afastamos.

Vamos esperar senhores, o tempo é mestre....

quinta-feira, setembro 07, 2006

Cão da lama. Sim tu animal das trevas. Tu que me maças, móis...
Cala-te, por favor cala-te.
Estou de rastos de te ouvir. Pára, pára por favor.
Quero escrever sobre tanto e não me recordo de nada.
À boleia das letras. Danço os dedos no teclado.
Estou-me quase a lembrar de alguma coisa, quase a ter uma ideia.
Está quase, quase mesmo quase. Sinto isso, tremo a pálpebra.
Lembrei-me, sensação 7up...

Não achei muita piada...

Voltei à estrada.
Boleias negadas e perdidas, alguma vai parar...

HUMMM

Seja acima citado a ideia.
No topo de uma escada a Luz
A Luz mais Luz que já vi.
Não é iluminar, muito menos aquecer, é LUZ.
Luz que não dá cor. Luz virgem.
Maria da Luz.

quarta-feira, agosto 30, 2006





CAN
Biography

June 2003 marked the 35th anniversary of the founding of Can when Holger Czukay (bass), David Johnson (flute), jazz drummer Jaki Liebezeit and beat guitar player Michael Karoli met in classical conductor and piano player Irmin Schmidt's Cologne apartment in 1968. Their first gig, a collage of rock music and tape samples, took place at Schloss Nörvenich (Castle Nörvenich, near Cologne).The show is documented on the audio cassette Prehistoric Future.

The nameless collective had established its first studio, Inner Space, at the castle when American sculptor Malcolm Mooney, visiting Irmin and Hildegard Schmidt, joined the band. His intuitive drive led the musicians toward a unique take on rock music and the track Father Cannot Yell originated from one of these early sessions. David Johnson, who by then had become the band's sound engineer, left at the end of 1968. Around this period, the lack of a name was solved by Mooney and Liebezeit who came up with The Can.

The first Can album, Monster Movie (1969), defined Can music. Played and recorded spontaneously and driven by repetitive rhythms, the album was recorded directly on to a 2-track machine and then extensively edited. Soundtracks featuring film scores from 1969 and 1970, was the next album. Just after the record was released, Malcolm Mooney left the band and returned to the U.S. following a psychological breakdown. The Mooney era is extensively documented on Can - Delay, released in 1982.

In May 1970, Japanese singer Kenji "Damo" Suzuki joined Can after being spotted by Holger Czukay and Jaki Liebezeit busking in Munich. The very same evening he performed with the band at the Blow Up club.

In December 1971, Can founded the Can Studio - known as Inner Space until 1978 when Can soundman René Tinner took over running the operation - in a former cinema in Weilerswist, close to Cologne. All subsequent Can albums were produced there except Rite Time. The studio has now been painstakingly disassembled and is being reconstructed to scale as a working exhibit at the German Rock'n'Pop Museum in Gronau, near the Dutch border.

The period 1970-2 was a breakthrough time for the band with Tago Mago (1971) impressing critics in England and France as well as Germany. Ege Bamyasi, released in 1972, featured the track Spoon, the theme tune for the crime thriller Das Messer and also the band's first chart success in Germany. The track, which was the first time that Can used an early version of a drum machine, led to a Goldene Europa TV award in recognition of Can's soundtrack work. Ege Bamyasi also included the music from another TV crime series in the form of Vitamin C.

The success of Spoon inspired the band to try to reach a wider audience which led to the Can Free Concert. The event was filmed by Martin Schäfer, Robbie Müller and Egon Mann for director Peter Przygodda at the Cologne Sporthalle on February 3rd, 1972. British music weekly Melody Maker wrote: "Can are without doubt the most talented and most consistent experimental rock band in Europe, England included." French magazine Rock & Folk portrayed Can's music as "one of the most impressive musical experiments offered by contemporary bands."

Future Days (1973) was the last Can album with Damo Suzuki. First Michael Karoli took over the vocal duties, followed by short interludes with a succession of singers, among them Tim Hardin. The recording of Soon Over Babaluma that same year marked the end of the era of recording straight onto 2-track. Landed (1975), was the first Can LP to be produced using multi-track technology. The album led Melody Maker to call them "the most advanced rock unit on the planet."

Double album Unlimited Edition (1976) was an extended version of a release that had quickly sold out as Limited Edition two years earlier. Among the tracks were the multi-facetted experiments known as the Ethnological Forgery Series (EFS). Flow Motion, also released in 1976, featured the disco hit I Want More and saw the band performing on UK primetime hitshow Top Of The Pops. The following year Can was augmented by ex-Traffic rhythm duo Rosko Gee (bass) and Reebop Kwaku Baah on percussion.

Holger Czukay had retired as a bass player and on Saw Delight was in charge of "special sounds". His new instrument was a shortwave radio receiver; while his idea to create new impulses for the musical process via radio signals didn't fit within the new Can structure, it became the basis for his first solo album, Movies (1979). The next Can album, Out of Reach (1978), was recorded without Czukay, who had left the band in May 1977, during the final Can tour. On the last show of the tour, in Lisbon at the end of May, Can performed in front of 10,000 fans. The double album Cannibalism (1978) was not just a "Best of ...." compilation, it was in fact, an early indication that Can's reputation would continue to grow.

The British avant-garde and several punk acts were deeply inspired by Can. Speaking for many, Pete Shelley (Buzzcocks) is quoted on the Cannibalism cover: "I never would have played guitar if not for Marc Bolan and Michael Karoli of Can". At the end of 1978 the band released Can. Meanwhile Michael Karoli built the Outer Space Studio studio in France, close to Nice. It was there in November 1986 that the original Monster Movie line-up got together again, with vocalist Malcolm Mooney to record Rite Time. The album was released in 1988. The band assembled again at the Can Studio with the same line-up minus Holger to record the track Last Night Sleep for Wim Wenders' film Until the End of the World.

In May 1997, the remix CD Sacrilege provided further evidence of the durability of Can's music. For this tribute, prominent representatives of the techno, dance and ambient scene reworked 15 classic Can tracks. Ironically, the importance of Can's contribution to the wider musical pantheon was summed up by Andrew Weatherall who refused an offer to remix a Can track for Sacrilege: "I love to remix other people's work. But Can? No way. You don't touch music that perfect. There is nothing to add or take away."

The band's chosen means of celebrating its 30th anniversary in 1999 was characteristically original. Eschewing a reunion tour as too obvious, and, more importantly, as being against the spirit of the group, the Can Box and the Can-Solo-Projects tour were the ways in which the group marked the occasion.Can Box includes recordings from the period 1971-77, a tri-lingual book featuring a comprehensive group history, interviews, reviews and photos by Hildegard Schmidt and Wolf Kampmann plus a video with both the Can Free Concert film by Peter Przygodda, and the Can Documentary by DoRo-film.

The Can-Solo-Projects tour, which featured Holger Czukay & U-She, Jaki Liebezeit's Club Off Chaos, Irmin Schmidt & Kumo plus Michael Karoli's Sofortkontakt!, started on March 19th 1999 in Berlin at the Columbia Halle. The tour was so well received that a second leg was organised for September 1999. This went ahead without Holger Czukay who was obliged to pull out at the last minute due to unforeseen circumstances.

Can worked together for the last time in August 1999 at Irmin's studio in Provence with Jono Podmore, to record a cover-version of The Third Man theme (from the film of the same name) for the Pop 2000 compilation released on Herbert Grönemeyer's label Grönland/EMI.

On November 17th, 2001, Michael Karoli died after a long fight against cancer.

In March 2003 Can received the most prestigious prize that the German music industry can offer: the Echo award for lifetime achievement was presented at an awards ceremony in Berlin. Herbert Grönemeyer, one of Germany's most famous artists, made the official speech while Brian Eno sent in a short, witty film about the group. The prize was handed over by the Red Hot Chili Peppers whose guitarist John Frusciante also spoke of his appreciation and respect for Can's music.

The remaining members of Can are all active as both solo artists and collaborators.

By Gary Smith

http://www.spoonrecords.com/

terça-feira, agosto 29, 2006

dentada | s. f.
sing. part. pass. de dentar
fem. sing. de dentado

dentada

s. f., ferimento feito com os dentes;
mordedura;
mordidela;
sinal de mordedura;
fig., dito mordaz, picante.

sexta-feira, agosto 25, 2006

quinta-feira, agosto 24, 2006

É o fim. O fim do momento. Já outro se aproxima. Mais uma questão, mais umas respostas mais expectativas e inquietações. Estrada de Macadame. Hello, what´s your name? Hi? My name is exacly the same. Obrigado. wie heisst sie? Je mapele Joaquim. Sou um homem contente, poliglota por sinal. Não bato a bota com a perdigota.
De braços abertos, de peito inchado pergunto novamente pelo sabor. A que sabes tu? I taste like you. Eu nu? Convencido de ser mais e mais. Super ego, super ego. Oiço lá longe "traz o prego"...

Pregado na cruz, boca no prego. Podia ser o fim, o último momento. The last moment. Le dernier moment.
O desejo final.
Desejei deixar de pedir. A
morte perdeu o sentido, a vida muito mais.
Não fui aceite.
A vida das inquietações ignora-me a morte das respostas ridiculariza-me.
Voltei à cruz, e por lá vou ficar...
Até vacilar
ao
DESEJO...

quarta-feira, agosto 23, 2006

Abri a porta, entrei silenciosamente para a rua. Saí.
Cheguei, saí e entrei repentinamente e olhei para o que não conseguia ver.
Eram três, sem pudor. Era um filme antigo.
Amor muito amor na forma mais emocionante de amar.
Ali sem preconceitos, três faziam as contas ao prazer.
Bendito momento em que entrei, saí, cheguei saí e entrei repentinamente.
Fiquei a olhar, a observar como se fazia antes de ver os que querem induzir como deve ser.
A primeira vez de... Antes de outros terem feito...
MARAVILHOSO



Um país em férias, deixa-me desmotivado. Não há acção. Parafernália de cerveja sem gaz. Morta, sem sabor.



MIJO DE GATO

terça-feira, agosto 22, 2006

quarta-feira, agosto 09, 2006

Poligamia pulga do cérebro.
Carraça, Lapa.
Não se afasta, estica a vela , navega...

Permanece,
Não aborrece.
Mas quem pode entender
Que o amor se expressa muito no “foder”?

Não é o resultado final
Muito menos uma obrigação.
A penetração o orgasmo
Resultado de uma relação.

Sincero, uma verdade vos digo, facilita escrever amor.
Falar complica, não se explica.
Mostra-se.

Mostra-se das e nas mais variadas formas.

Haja a coragem de... Para e Avante...

terça-feira, agosto 01, 2006

RECEITA DE ZASTRAZPAZ

Bacalhau à Braz


Ingredientes:

* 750 gr bacalhau ;
* 750 gr batatas ;
* 0,5 kg cebolas ;
* 1 alho esborrachado ;
* 6 ovos ;
* 3,5 dl azeite ;
* Salsa picada ;
* Sal q.b. ;
* Pimenta q.b.

Confecção:

Depois de demolhado, escalda-se o bacalhau, tiram-se-lhe a pele e as espinhas e desfia-se.
Cortam-se as cebolas em rodelas finas e as batatas em palitos.
Frita-se o alho no azeite até alourar, depois tira-se, deitam-se as batatas e fregem-se ligeiramente, retirando-as para o lado com uma espátula.
No mesmo azeite, fritam-se depois as cebolas até corarem, retirando-as também com a espátula, e depois o bacalhau, até enrijar um pouco.
Mistura-se tudo muito bem e retira-se do lume. Batem-se os ovos temperando-os com sal e pimenta e juntando-os ao preparado.
Leva-se de novo ao lume, mexendo-se constantemente com uma espátula até os ovos coagularem, mas de modo a ficarem macios.
Serve-se de imediato numa travessa aquecida, polvilhando com a salsa picada.